segunda-feira, 30 de julho de 2012

É desse tipo.


"Não, não me faz gostar de você. Só me faz rir, me paga uma cerveja, e não demora a ir embora.. É esse tipo de amor que eu quero."

sexta-feira, 22 de junho de 2012

E mais uma vez...

Aí é assim: eu acabo me envolvendo com ele! Me acostumo com aquele horários das ligações; me acostumo com aquela voz do outro lado do telefone; começo a encontrar um lugar naquele corpo quando, do nada, TUDO SOME!! Aaaaah vá! Qualé!?! Tudo bem que todo mundo tem o direito de estar e de repente não querer estar mais, mas o que não dá é a falta de sinceridade! Não quer mais? FALA! Não suma simplesmente! Coisa mais chata e mal educada é sumiço! Aí, daqui desse lado, o que eu faço? Eu procuro! Eu telefono, Eu mando mensagem, Deixo recado... Adianta?? Não! Não adianta... E as coisas ficam assim, até que ELE resolva procurar e eu vá! Feito uma besta! Feito um unicórnio cor-de-rosa! Feito uma boba envolvida, achando que as coisas melhoraram! Não querida, elas não melhoraram! elas só adquiriram um novo caráter e, aquele que você creditou algo, passa a ser só mais um nome na lista telefônica... Aquele a quem procurar nas noites sem nada pra fazer. Mais um beijo frio, uma conversa sem seguimento, uma cerveja com segundas intenções num bar... E dessa vez você bem que pensou que poderia ser, né?...

sexta-feira, 4 de maio de 2012

... porque no fim das contas, as coisas acontecem...

Ela já esperava. O médico disse com todo cuidado, buscando palavras. Era difícil demais dizer para aquela muralha à sua frente que alguns tijolos estavam ruindo. Ela os percebia ruindo. Por isso buscava ajuda. Quando a base ficou fraca demais e a vontade de aconchegar-se em qualquer coisa ficou maior do que todas as outras vontades, percebeu que precisava de ajuda. Não seria o estigma de "louca", "depressiva" ou "triste" que a fariam desistir. A loucura sempre foi uma companhia constante que não incomoda, só estimula. Ruía-se. Percebia-se ruir. O médico disse, com todo cuidado sobre "mudanças de humor", "alteração de comportamento" e "fadiga". Falava dela com propriedade. Era isso. Era preciso encarar. Sem choro, sem drama, apenas aceitou. Sim, eu faço. Sim, eu vou. Sim, eu usarei. (((Estou buscando a melhor de mim. Ela se escondeu em algum momento, mas ainda vive aqui. Eu só preciso reencontrá-la...)))

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Através de Oscar Wilde.

"A única diferença entre um capricho e uma paixão eterna é que o capricho dura um pouco mais." - Ele gosta de mim, sei que gosta de mim. É claro que costumo lisonjeá-lo de uma maneira horrível. Tenho um estranho prazer em dizer-lhe certas coisas, mesmo sabendo que vou arrepender-me de as ter dito. Em regra, ele é encantador comigo, e ficamos no estúdio a falar de mil e uma coisas. Às vezes, porém, ele é terrivelmente irreflectido e parece ter um enorme prazer em me fazer sofrer. E então, sinto que entreguei toda a minha alma a alguém que a trata como se fosse uma flor para colocar na lapela, um ornamento para deleite da sua vaidade, um enfeite para um dia de Verão. As criaturas vulgares não nos impressionam a imaginação. Ficam limitadas ao seu século. Nenhum encanto as pode transfigurar: Conhecemo-lhes o espírito como os chapéus. Elas passeiam no parque de manhã e tomam chá, tagarelando à tarde. Têm sorrisos esteriotipados e boas maneiras. São transparentes. Mas uma atriz! Como é diferente uma atriz... Por que não me diz que só vale a pena amar uma atriz?

segunda-feira, 23 de abril de 2012

De janelas e pensamentos na vidraça

Na confusão da manhã encontram-se vestígios de uma noite online, o prato vazio, a coberta empurrada no meio da noite, o cachorro companheiro que ainda dorme... De manhã fica tudo bem diferente do que foi na noite passada. É aquela melancolia matinal que me assola toda vez que eu acordo sozinha em casa. A solidão da cama vazia parece representar uma solidão de uma vida inteira! Exagerada? Tá pra nascer mais....

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Espaço para Caio.


Tenho trabalhado tanto, mas sempre penso em vc. Mais de tardezinha que de manhã, mais naqueles dias que parecem poeira assenta e com mais força quando a noite avança. Não são pensamentos escuros, embora noturnos…
Sabe, eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você. Eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia, e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver, e desamar era não mais conseguir ver, entende?
Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu.
Mas se você tivesse ficado, teria sido diferente?
Melhor interromper o processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá muito mais — por que ir em frente?
Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer, lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia — qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir, mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada, e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.

Tinha terminado, então. Porque a gente, alguma coisa dentro da gente, sempre sabe exatamente quando termina.

Mas de tudo isso, me ficaram coisas tão boas. Uma lembrança boa de você, uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim e para os outros. De não morrer, de não sufocar, de continuar sentindo encantamento por alguma outra pessoa que o futuro trará, porque sempre traz, e então não repetir nenhum comportamento. Ser novo.
Mesmo que a gente se perca, não importa. Que tenha se transformado em passado antes de virar futuro. Mas que seja bom o que vier, para você, para mim. Te escrevo, enfim, me ocorre agora, porque nem você nem eu somos descartáveis.
. . . E eu acho que é por isso que te escrevo, para cuidar de ti, para cuidar de mim – para não querer, violentamente não querer de maneira alguma ficar na sua memória, seu coração, sua cabeça, como uma sombra escura.

sábado, 14 de abril de 2012

Sobre se envolver


... é, minha cara! Não adianta! Você vai continuar se apaixonando! Enquanto você tiver coração, cérebro e essa gana de viver, vai continuar se envolvendo. Faz parte da vida... os nãos, os sins.. Só não desaprende a se entregar, tá? Só me faça esse favor: não se tranque em um casulo! Vai doer? Vai! Vai dar errado, vai machucar e vai ferir muitas vezes. Maz faz parte.
Mas afinal, quem sou eu pra te contar sobre a vida? Me conte você sobre esse coração aberto!...

domingo, 8 de abril de 2012

"A cigana leu o meu destino..."



Se eu pudesse fazer um pedido, um pedido só, eu pediria pra prever o futuro.
Se eu pudesse prever o futuro só me envolveria com quem não fosse me machucar. Mais! Saberia se aquilo que senti era verdade ou fogo de palha. Saberia quando eu não teria respostas. Saberia quando eu ia reencontrar com alguém...

Se eu pudesse prever o futuro, claro que eu espertamente usaria pra saber sobre carreira afinal, essa coisa de ser atriz não é nada !Atriz é feita de estudos, técnica, habilidades e contatos!
Mas o motivo real de querer prever o futuro é pra cuidar do coração. Porque na minha cabeça idiota, quando algo não vai bem com meu coração idiota, parece que nada nessa vida vai bem também! E eu sei que isso é um erro! E eu não queria mais ser assim! Pra isso, usaria minha bola de cristal pra saber direitinho sobre os dias, sobre meus passos futuros, sobre as pessoas que aparecem na minha vida...

"As pessoas ganham importância na sua vida rápido demais!" - um amiga me disse. Sou obrigada a concordar. Sigo a linha do "todo mundo é meu amigo, até que me prove o contrário!" com minha habilidade de prever o futuro, só confiaria em quem se mostrasse de confiança, só acreditaria se eu soubesse como seria no futuro e meu coração, ah, o coração... esse se entregaria muito menos vezes!

É... mas eu sei que isso nunca vai acontecer. E eu sei que se acontecesse, a vida não teria graça. O que causa tamanha vontade é o medo. O desejo, o medo, o momento presente e a dúvida sobre o futuro, sobre os alguéns.

Resolve com oração? Resolve com sorvete?
Resolve com atenção. Mas tem que ser muuuuuita...

Abraço



Quando te envolvo nos meus braços, abraço um mundo...

Carta-coração.


...daí eu comecei a pensar em tanta coisa que eu achei melhor escrever tudo antes que eu ficasse chata demais enquanto escrevo picado, de poucas e poucas linhas, pois, o fato de não conseguir conversar do jeito que eu gosto me deixa com tanta dúvida e me faz pensar em tanta coisa que acabo por transformar um pequeno texto com umas coisinhas que eu queria dizer em uma carta tão grande que fica difícil perceber que se trata de uma carta.
Sim. uma carta. Porque só escrevendo eu poderia tentar contar coisas que só meu terapeuta precisaria ouvir mas, por eu saber que tantas outras pessoas compartilham dos mesmos sentimentos confusos, resolvi fazer como se fosse uma carta aberta.
O fato é que eu não entendo de nada dessa vida e meu desejo mais profundo é o de ter uma bola de cristal. Essa coisa de saber sobre o futuro me instiga e, por eu saber que isso não é possível, temo frustrações.
Medo. No fundo, o que rola é medo. Não quero mais que nada aqui dentro venha a doer de novo. Estou me poupando, focando no que realmente importa: escola, trabalho, carreira... Isso tudo é o que eu digo pra mim mesma pra que eu consiga me convencer de que é verdade. Não me convenço. Acredito porque me convém mas, lá no fundo, eu sei das coisas que me abalam.
Me abala não saber. Me abala duvidar. Me abala ouvir "não", "talvez", "quem sabe"... Sou mulher de "sins", feita para os "sins". O não me faz duvidar de mim mesma.
Terapêutico demais? Talvez humana demais. O fato é que só há uma cosia que me aflige e me apavora nessa vida: corações!
O sentimento alheio, meu sentimento próprio, os corações que cruzam nossas vidas, isso sim me dá medo!
E é por isso que eu escrevi tanto, pra dizer que seu coração me mete medo. Meu coração também me dá medo, me causa enjoo, me embrulha o estômago, mas ele é meu! Eu já o conheço bem! Sei dos seus defeitos e do tanto que ele gosta de ser de alguém! Agora, sobre o seu coração, eu não sei nada! Coração é terra de ninguém e o seu, pra mim, é meu maior desejo e mistério.
Peço toda noite baixinho "entrega, entrega, entrega por favor..."

sábado, 7 de abril de 2012

Eu não sei esperar e quando vi, já fui...


Calma, menina! Calma! Você parece ter um caminho direto entre o coração e a boca! Não precisa ser assim. Sei que as coisas podem mudar em uma noite. Sei que de repente aquilo que tava indo muito bem pode simplesmente parar de existir, mas você vive pensando que, se isso já aconteceu uma vez, acontecerá sempre!

Calma! Nem todo mundo é idiota. Nem todo mundo mente o tempo inteiro. Existem pessoas que realmente tem sentimentos, que realmente falam a verdade, que realmente sentem saudade e que quando dizem que gostam, é de verdade.

Esse calo nesse coração tem que sarar. Parece um coração cansado de 50 anos de idade! Não se esqueça: é a metade disso! E não fique aí insistindo em pensar “Droga! Vai dar tudo errado de novo!”. Sua ansiedade te faz muito mal, sabia?! Vá se tratar!
Nunca vi alguém pra gostar de se entregar e temer tanto isso ao mesmo tempo! Eu até entendo bem o que você quer, mas entenda: às vezes as pessoas têm outras formas de demonstrar carinho! Adapte-se!

Continue acreditando! Mesmo tomando uma traulitada recente, acredite! Deixa entrar, abra espaço! Você sabe que em breve vêm as respostas do jeito que você gosta. Deixa essa noite passar, deixa o fim de semana passar, se afasta do celular, da internet... Tudo se ajeita. E na verdade, você já sabe do que roubou pra si. O que é seu tá guardado, mesmo que seja dentro do peito de um outro alguém...

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Mesmo ali, tão ao longe...


Então só me conta como é que faz! Porque essa coisa do coração estar perto quando todo o resto está longe é tão novo pra mim que eu me sinto cheia de vazios...

Me explica como se aplica geografia ao que se sente para que a razão sobre a distância seja tão clara que a saudade perceba que não adianta querer doer! Existem coisas que simplesmente não são pra ser!
Mas...
Se for pra ser, continue me dando sinais alheios. Me deixando descobrir, no fim, que era tudo pra mim. Me aparecendo em sonhos, palavras, desejos de doce no meio do dia.
Apenas continue... e com a distância eu aprendo a me virar...

"Coração na boca, peito aberto, vou sangrando..."


Chega de me doar. Chega de me doer. Coração que só apanha uma hora tem que cansar. Coração? Melhor não tê-lo! mas se não temos, como sabê-lo?!

Meus disfarces de mulher auto suficiente se revelam quando meu coração resolve falar. E quando ele abre a boca, tento gritar ainda mais alto ara abafar sua voz. Bobagem!Sua voz baixa permanece no ouvido dizendo: "Não adianta!"

Quantas vezes me peguei sufocando o coração com a almofada do sofá!... Quantas vezes fugi como se ele me seguisse, me esquecendo que o carrego comigo!... Quantas vezes o tranquei no porão e ele arrebentou a porta!...

Mas uma hora ele aprende e, paradoxalmente, eu penso que haverá vida quando ele finalmente resolver parar de bater.

Sobre uma que conheci...


"Eu me contento com pouco. Sou mulher de migalhas. Nos tempos de hoje, com as mulheres de hoje, é quase uma ofensa à feminilidade esse tipo de comportamento. Mas no fundo, sou bem dessas mulheres "feita apenas para amar, para sofrer pelo seu amor e para ser só perdão."

Mantenho os braços como ninhos constantemente preparados para o descanso dele. Preparo o corpo e apele para o cheiro e o toque dele. Me transformo em outras, se preciso for.

Agrada-me uma mensagem na madrugada, um beijo de boa noite, saber-me necessária... Deixo para a novela os arroubos de paixão.Busco a realidade dos subtextos, das entrelinhas.

Amo sozinha. Sozinha permaneço. Mulher de migalhas: um beijo me tira o ar; tua mão na minha já representa o amor."

domingo, 25 de março de 2012

Sou ariano torto, vivo de amor profundo...


Porque ser mulher vai além do sexo. Como se já não bastasse o turbilhão de hormônios, os cuidados com a estética, as exigências sociais, a possibilidade de engravidar (que pra umas é uma benção e pra mim é uma lástima!), ainda tem essas coisas todas que a gente resolve acreditar como se mudasse alguma coisa na nossa vida.

INFERNO ASTRAL! "O período conhecido popularmente como "Inferno Astral" é o mês que antecede o aniversário de alguém. Nesta época, muitas pessoas acreditam viver momentos de angústia, depressão ou até mesmo azar, atribuindo as turbulências a alguma configuração astrológica misteriosa."

Principalmente por ser "misterioso" é que a gente adora acreditar! É porque a gente não se aguenta de vontade de encontrar respostas pra tudo nesse mundo, e quando algo não se explica e se configura "misterioso", é nosso êxtase puro! Como se já não bastassem as coisas todas da vida, ainda resolvemos acreditar em astrologia, tarô, búzios, leitura de mão, de pé, de borra de café! Haja fé pra tanta possibilidade!

Claro eu eu não seria diferente disso. Mulher que sou (diferentemente de mulherzinha!!!), busco explicação no tal zodíaco pra explicar algumas coisas.
"A mulher ariana é brava, independente e dona de si. Ela pode acordar as 06:00 da manhã, ir para ginástica,trabalhar o dia todo, fazer ingles no almoço ,chegar em casa,limpar a cozinha ,estudar com as crianças, transar com o marido, espanca- lo em seguida(principalmente se for de peixes ou libra) e depois pedir desculpas, ler um romance e finalmente ir dormir.Quanta energia!"

E eu que me resumia simplesmente "sou ariano torto, vivo de amor profundo..."

Diante de tudo e de tanto, determino que atualmente, passei pelas portas do inferno astral!! Estou encerrando um ciclo, me preparando pro próximo e seguindo na projeção que vem acontecendo ao longo dos anos, de ser um ciclo melhor que o outro. O próximo será melhor! Muito melhor! Só de ter completado um ano sem ter frequentado um hospital novamente, já é uma melhora significativa!

A cabeça está à mil! Amores que vem e vão, pessoas que vem e vão,o ir e vir irritante de um coração com vontade própria... e mesmo no meio disso, a certeza de que vai ser melhor. Tudo será melhor. Sempre é. "As coisas vão dar certo. Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa"

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sobreviver pra quê, se viver é muito melhor?...


Há quase um ano eu quase não respirei mais.
E não foi por dor de amor, crise de angústia ou medo da solidão. Nem falo de forma poética, eu de fato quase não respirei pra nunca mais.
E medicamentos, internações, medos de morte e agruras à parte, sobrevivi. (De alguma forma a gente sempre sobrevive, né?!)
E deu continuidade ao que chamo: viver. Diferente do "sobreviver", o "viver" toma muito mais tempo e cobra muito mais dedicação do que apenas sobreviver.
Pra viver é preciso doar-se. Ao doar-se, é preciso saber que pode se machucar. Mas se pensar nos machucados que podem acontecer, você vai querer carregar uma maletinha de primeiros socorros, daí já não serve porque isso não é doar-se.
Doar-se é burro assim mesmo! É jogar-se naquilo que se deseja sem saber se haverá amparo.
É entregar-se de colher a quem mal se conhece.
É acreditar que, no final, tudo dará certo - porque sempre dá!
Doar-se é expulsar aquilo que se sente para que possa ser de alguém. Isso é que torna o sentimento real!

Minha respiração hoje anda ótima. Uma paradinha respiratória só acontece por sobressaltos do coração. O peso ao respirar só acontece quando o sono profundo me embala. A respiração cortada acontece quando há prazer.

Mas a falta de ar, dessas bem identificáveis causadas por um olhar certeiro, ah! dessa eu ainda estou á procura...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pelo direito de recriar-me.


Eu não ficaria.
Se não fossem as mãos que se abrem permitindo minha passagem... Se não fossem os braços que se atiram à minha volta... eu não ficaria.

Não ficaria se não houvesse tanto espaço, tanto abrigo, tanto sombra debaixo desse guarda sol...
Mas é tanto carinho, tanto afago, que passei a pensar em tudo como "possibilidade".

Não sei deixar de me doar. Também não sei me doar sem externar amores. Faz parte de mim ceder-me até que o outro sinta que me carrega um pouquinho em cada bolso.

Se paixão não existisse, eu a inventaria à cores...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Sobre essas coisas do tempo...


Tenho uma dificuldade enorme em ser conquistada. Não que eu me faça de difícil ou que não queira receber flores e galanteios, acontece que aqui em mim, como quase tudo, as coisas precisam acontecer à primeira vista pra dar certo.

Não sei esperar para ouvir sinos ao longo do caminho. Quero borboletas no estômago á primeira vista. Se não for assim, prefiro continuar meu caminho sozinha.

É claro que, agindo assim, a chance de ouvir sinos burros é muito maior! Mas se eu conhecesse bem toda a estrada, pra que eu seguiria?

Não sei investir, ceder, entregar se não for desde o primeiro momento. A partir das primeiras palavras percebo até onde aquela história poderá seguir. Normalmente não erro, o erro só acontece quando percebo que acreditei demais nas borboletas que senti. Mas isso já é la pra frente...

O que importa é que não sei dizer não pra qualquer coisa que possa ser chamada de "possibilidade"! Não sei me boicotar negando coisas que senti por pensar "ainda é cedo!". Eu quero é entrega, é sentimento misturado, pra isso não existe medida temporal.

Minha medida quem dá é a respiração. Me guio pela velocidade com a qual ela decide falhar...

segunda-feira, 12 de março de 2012


É questão de sensação boa. É isso.
Sem nomes, sem definições. Pra que limitar entre símbolos e grafias o que se explica somente em ações? Aprendi que palavras as vezes atrapalham. Logo eu! Prolixa que sou!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sobre um passeio à sombra...



Precisando escrever sobre essas coisas de encontros e despedidas.
Porque às vezes acontecem encontros de corpos que duram anos. Outras vezes acontecem encontros de almas que precisam de segundos pra serem identificados.

Eu o identifiquei por um descuidado roçar de braços. Foi o suficiente para deixara alma passear.
Porque isso é preciso! Deixar a alma passear por aí, sem medo de que ela se perca. É só deixa-la ir que ela sabe o que faz e sabe pra onde deve voltar. Se voltar é porque a outra alma era fraca agora, se ela te obriga a ir buscá-la, é porque além de alma, é preciso de corpo, boca e pulso!

A minha tá passeando. Passeando, passeando... E eu estou só aqui, sentadinha vendo-a se afastar. Assim como a mãe observa o filho brincando sozinho ao longe, observo minha alma como uma raio de sol, enlouquecida parque á fora, correndo feito louca.

Êta coração pra gostar de se entregar!

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Porque é preciso deixar passar...

Uma hora a gente pára pra pensar e percebe que passou.
Simples assim, aquele turbilhão de coisas, aquele sentimento impulsivo, aquele aperto no peito, passou!


É como se no meio da noite, enquanto dormimos,um anjo observa nosso sonho e percebe que já se passou tempo demais gastando energia por aquilo que tanto se quis e não se teve. Diante disso, ele sabe que é preciso deixar o coração limpo e as janelas abetas para que o novo aproxime-se. Daí, ele mesmo se encarrega de dar uma faxina geral nas angústias, limpar as gavetas da memória, esvaziar a lixeira (afinal, se ainda está na lixeira é porque não foi embora!).
Na manhã seguinte, acordamos, respiramos e só um pensamento passa pela cabeça: é... passou!

E ao longo do dia nos sentimos mais leves, mais limpos, mais abertos. É como se quilos de saudade do que nunca se teve fossem dar um passeio eterno. Passem bem! E que não voltem mais!

No fim de tudo é isso, não fica nada. O sofrimento te fez aprender, o tombo te fez crescer, agora você é uma menina-mulher mais menina-mulher do que antes. Ótimo saber! Agora, bora partir pra outra? É que o coração não pode se tornar um lugar vazio. É preciso que coisas, pessoas e lugares se instalem. Coração é terra de ninguém, mas sozinho, não convém!

Assim, de coração limpo e alma aberta, eu me abro em flores. Sem medos, sem memórias, sem esperar pelo que não vem. É entender que tem coisa que simplesmente não vem! Mas enquanto eu estiver com a mão fechada segurando o que não existe, o existente não vai poder pegar na minha mão... Por isso agora caminho com mãos leves arpejando o vento! Para que assim, seja muito mais fácil alguém pegar na minha mão e seguir comigo. Alguém que realmente queira seguir...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Mundo, mundo! E no meio disso um coração confuso!...

"Quero falar de uma coisa
Adivinha onde ela anda
Deve estar dentro do peito
Ou caminha pelo ar..."


Quero falar daquilo que não deve ser pronunciado... Falar daquilo que precisa calar... Falar do que insiste...
às vezes fazemos escolhas erradas na vida e não sabemos como voltar atrás por envolver outras pessoas.
Às vezes nos sentimos como a melhor opção que não foi vista! Como se no supermercado você nunca experimentasse Baudduco pelo costume de só comer Aymoré, mesmo já enjoado do sabor...
Isso, às vezes, faz a gente se sentir diminuído...

Nesse momento que a tal "volta por cima" aparece pra te jogar lá na frente. E você se joga e quando vê, está longe demais pra se importar com a escolha do supermercado. Não há mais tempo de pensar nisso porque o tempo gasto pensando em você mesmo e no seu bem estar tem sido muito maior.

Mas ainda sim, fica a saudade. Aquela vontade de saber como seria se...
A vida vai girando e os encontros inoportunos vão acontecendo - infelizes coincidências da vida.
A escolha é sua. Ou você vira as costas e vai embora pensar na vida, ou não encontra tempo pra pensar porque está ocupada demais em se divertir.
Diante disso, você samba! E, quase sem querer, consegue mostrar o quanto você é e sempre será a melhor opção. Aliás, já não existe mais o interesse de ser melhor. Existe o interesse em SER!

A vida é isso! Feita de escolhas. Às vezes as pessoas fazem escolhas estranhas e mesmo querendo, não podemos interferir.
Esperar? Eu? Claro que espero! Não queria... Mas espero!
O tempo faz a gente crescer, enxergar, perceber e, uma hora, a qualquer momento, você vai acordar!...

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sobre essas coisas da alma...



Acredito que o que chamamos de "fase" na nossa, vida, quando se refere a um momento consciente, trata-se simplesmente de abertura de janelas.
É quando percebemos que algo não nos cabe mais e abandonamos aquela pele em busca do que se encaixa melhor com o momento.
Sinto que estou no novo momento de abertura de janelas. A pele que habito não cabe mais e é preciso fazer uma troca. Percebo que nesse momento, estar sozinha não é apenas uma opção, é uma necessidade. Somente assim eu poderia me perceber, me sentir, velar por mim...
Tenho descoberto coisas a meu respeito. Antes de mais nada, descobri que sou bonita! De beleza exótica, que não beira o estranho mas que se destaca pelo original. Descobri pelos outros e depois por mim que sou bonita, que estou na fase mais bonita. Não se trata apenas do cabelo laranjado ou da personalidade efusiva. Trata-se do conjunto.

Aprendi que meu sorriso é como um convite. As pessoas sentem-se felizes com minha felicidade e até parei pra pensar se não é por isso que os amigos não aceitam que eu fique mal por bobagens! Acho que minha alegria faz parte da força deles, do que os motiva também. isso diz sobre a importância que tenho para certas pessoas. Tenho percebido que para alguns, eu sou mais do que uma referência e eu fico muito feliz com isso porque o que sou hoje foi moldado com muito suor e consciência. Eu escolhi ser feliz. Tem gente que não pára pra pensar em felicidade, outras acham que não a merecem. Eu sempre escolhi ser feliz no agora e, o agora, é toda hora. Esse papo de "vou ser feliz um dia" não é pra mim.

Ainda sobre mim, aprendi que eu chamo atenção por onde passo. Não por ser aparecida, mas porque existe algo aqui em mim que irradia, convida, instiga, reflete. Como o sol. Acho que por isso uso esse cabelo que amo, porque ele chama, atrai, chega chegando!

Aprendi que, muito sem querer, desperto paixões. Esse é um traço de personalidade que me dá medo. Odeio a frase "tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas" porque ela é muito real! Mas também percebo o tanto que as pessoas querem ser amadas! E se aparece alguém bacana, educada e agradável,já é o suficiente pra alimentar algo inexistente. Me peguei algumas vezes pensando "ixi... acho que essa pessoa está confundindo as coisas..." No meu caso, eu também quero ser amada! Mas no momento, estou apaixonada pelo meu amor próprio e ele não está deixando espaço pra mais ninguém.

Aprendendo sobre mim, descobri que deixei lá atrás uma menina. Aquela que é só menina não existe mais. Hoje tem algo de mulher morando aqui também. Há uma malícia, uma cadência, uma batida diferente no peito... mas ainda mora a qui a menina que toma sorvete quando chora e sempre pensa em se esconder debaixo da cama pra fugir de alguém. Ainda há uma menina que ingenuamente se apaixona sem pensar e sofre de amargar. No momento de sofrimento foi que apareceu essa mulher! Essa nova que cala o coração e lava a alma no samba. É nessa hora que a menina some e abre espaço para aquela que vai resolver toda a situação, mesmo que na manhã seguinte continue existindo aquela menina com o coração em frangalhos.

Gosto muito dessa nova Júlia que está pintando. Hoje gosto muito do que vejo no espelho referente à corpo, imagem, olhar... esse é um dos momentos de transição, um dos momentos de abrir a janela e deixar a alma passear...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Das coisas da vida...


Sabe, eu sempre fui pobre. Em muitos períodos éramos pobres de marré-deci!
E muitas vezes ninguém dava nada por aquela mãe solteira com 3 filhos pra criar que se mudava de casa a cada 3 meses e trabalhava com jogo de bicho.
Depois de um tempo ninguém continuava dando nada pra aquela mãe solteira de 3 filhos que tinha uma banca de revista e mantinha as crianças na escola porque não era hora deles trabalharem.

Às vezes faltava carne. Às vezes faltava chocolates. Às vezes faltava brinquedos. Não faltava limonada gelada, campo pra jogar bola e companhia. Várias!

Relembrar o antes me faz ter ainda mais orgulho do que sou agora.
Minha mãe sempre colocou o estudo em primeiro lugar e mesmo quando a coisa apertava, essa mulher não colocava as crianças pra trabalhar! Escola! Sempre escola! Por isso sempre coloco minha formação como algo de mais valioso pra mim.

Escolhi ser atriz e nem por isso optei pelo "autodidatismo". Nada contra, mas não serve pra mim! Me formei pelo técnico em teatro na UFMG e desde então nunca tive que lavar pratos ou assumir outra função que não fosse relacionada à arte. Hoje sou graduanda em teatro também pela Universidade Federal e recentemente, entrei pra uma das mais prestigiadas escolas de canto lírico de Belo Horizonte.

Não escrevo pra me mostrar. Escrevo pra me orgulhar. E pra dizer que toda essa pobreza e dificuldade da vida me transformou no que sou, pessoal e profissionalmente.

Obrigada mãe, por dizer não, por segurar as rédeas com força e por não fraquejar nunca.
O que sou vem de você!

Dos desejos e desencontros.


Guardava em si o movimento de uma tempestade. Resistia. Segurava-se. Esperava a hora certa, a palavra certa.
Nunca fora acostumada a ouvir não. De fato, sempre teve tudo o que quis, não por ser mimada, mas por tanto batalhar.
Desejava um alguém e demonstrava sem pudores. Aliás, pudor é uma coisa que há tempos aprendeu a dominar!
Mas o maldito seja o desejo não correspondido. Maldito seja o medo alheio.
Jogava-se também na aventura. Se divertia com isso. Era só isso que buscava: diversão. O risco, o riso, a hora marcada, o telefone escondido, o frio da barriga na véspera do encontro.
Diversão!
Observava tudo como uma grande diversão. Sorria das situações da vida. Ela, livre, solta, exótica, extrema...
Provocava. Era só o que poderia fazer. A resposta sempre tem que vir de fora. E cada retorno, cada resposta, cada suspiro era um sorriso bobo brotando no canto da boca. Dessa vez, riso de malícia.

"A minha teimosia é uma arma..."

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rasgar-se seria uma opção.


Rasgar-se seria uma opção.
Resolvera rasgar-se então, caso fosse preciso, até que a imensa saudade se esvaísse.
Não queria mais senti-la. E quando chorar já não serve, doer-se não serve, encolher-se já não serve, serviria rasgar-se então.

Entregou-se ao mundo como se fosse esse, o mais desejado amante. Amou a intensidade de corpos e rostos na noite. Amou em meio á bebidas, estranhos, amigos, risos altos e falsos, travesseiros manchados.
Amou enquanto o corpo conseguiu. Já não via o dia, aguardava ansiosa pela noite e seus risos soltos.
Sorriu enquanto ouve sorriso. Bebeu enquanto ouve estômago. Chorou... mas já nem contava com isso!

E assim, entre braços e abraços, desfaleceu. Era o corpo, que não acompanhava a mente inquieta. E quando já não havia mais sorrisos, houve a casa vazia, os dias vistos pela janela, a mesma angústia no peito e aquela pontinha de saudade no cinzeiro...
Havia construído seu casulo e ali, aprendeu a esperar. O corpo forçava pela espera. A ansiedade deu lugar à conformação. Calma... calma... Caio na cabeça:

"Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará."

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Saudade. Só isso. Deu saudade.

Não foi nada não. Foi só saudade. De repente bateu tanta saudade...


Remexer nas gavetas dói.
Rearrumar as coisas dói.
Encontrar aquele bilhetinho no bolso da calça destrói...

É preciso organizar-se, limpar as gavetas, o bolso do casaco, o coração...
Mas dói tanto que é preferível deixar tudo quietinho como está, até que tudo se consuma...

domingo, 15 de janeiro de 2012

Jogando meu corpo no mundo...


Catei os cacos, guardei num saquinho, mas ainda não comprei cola.
O coração ainda pulsa. Vez ou outra me pego pensando no que não deve...
A saudade às vezes, é tão grande, que é preciso enfiar-se debaixo da cama pra esperar o tempo passar.

Continuamos numa boa relação, o mundo e eu. Ele me engolindo, eu absorvendo-o. Eu me jogo, ele me ampara.

Acredito que o mundo não minta pra mim...

sábado, 14 de janeiro de 2012

Mas é preciso ter força...


Se aquieta! Sossega Coração! É bom pra você aprender!
Da última vez, você dançou! De agora, em diante, não ouça mais a música!!!

Voltando aos contos da noite...


Percebeu-se sozinha. Dessa vez não era a solidão desejada, acompanhada de Tim Maia. Solidão do abandono acompanhada de Lupicínio Rodrigues.
Pela casa, ecoava "Você sabe o que é ter um amor? ter loucura por uma mulher? E depois encontrar esse amor, meu senhor, nos braços de um outro qualquer?..."
O gozo da solidão abriu espaço pro buraco do vazio.
Cacos de peito esparramado pelo sofá.

Um dia!
Dera-se o direito de curtir o luto por apenas um dia. Um dia inteiro de lembranças e dores. Um dia inteiro do rímel que escorria pelos olhos. Um dia. Ela, que não era dada à sofrimentos, permitiu-se ter pena de si. "Chorei, chorei até ficar com dó de mim..."

Na manhã seguinte, hora de trocar o travesseiro manchado, tirar o peso dos ombros e apagar lembranças. Sem mais esperanças.
Benzeu-se. Abriu-se pro sol, entregou-se por mundo. Decidiu não chorar. Ninguém é digno do choro sentido de mulher...

Vestiu-se tão mais bonita do que andava nos últimos dias. Subiu no salto pra ter a sensação de ver as pessoas de cima. Sentiu-se linda! Estava linda! E por onde passava, ouvia tantas e tantas vezes tal palavra "linda!".
Depois de se sentir tão feia e pequena, o ego pedia socorro. E como já era de se esperar, se jogou no samba. Se jogou em passos, corpos, bocas, copos, sorrisos. Se joga... Tanto pediu, tanto entregou... Enquanto se jogava, pensava: "Olha eu aqui me jogando sozinha novamente!"

E em sua boca, não mais o risinho bobo no canto, havia malícia, segredo e uma boca molhada de paixão calada!

Brindemos, pois! Porque a vida chama lá fora!

"Vamos pedir piedade, Senhor, piedade pra essa gente careta e covarde!..."


Um brinde aos defeitos!
Um brinde ao meu nariz de batata que eu disfarço com uma porção de óculos diferentes e um piercing pra disfarçar
Um brinde à minha cara inchada ao acordar!
Um brinde à minha teimosia porque é através dela que eu consigo muito do que eu quero!
Um brinde às minhas atitudes de moleque, como se eu não quisesse nunca ultrapassar a barreira entre menina/mulher e continuar andando com as unhas por fazer, sapatos baixos e sem maquiagem!
Um brinde à minha vergonha súbita de cumprimentar alguém em quem eu tenha interesse.
Um brinde á minha terrível mania de sossegar meu coração nos amigos, na música e na madrugada até que ele se cale pra dor e se cure das feridas!
Um brinde por eu ser uma apaixonada pela vida, sem medos ou escrúpulos de gostar, sem querer viver uma vida morna!
Um brinde por me entregar e ser feliz!
Um brinde por eu me entregar e tomar no cu!
Um brinde aos sofrimentos, choros compulsivos, tristezas de amor!
Brindemos pois, aos nossos defeitos porque eles me tornam o que eu sou e posso garantir que eu sou muito feliz comigo mesma!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Conselho


Nunca! nunca diga a quem se gosta que ele deve partir pra buscar sua felicidade.
Você pode descobrir que a felicidade dele está longe demais e acredite, ele vai embora e você vai ficar esperando...

Ao que se vai (3)

Caro amigo,


Eu só queria te contar, através desta, que eu menti.
Sempre menti e omiti algumas verdades pra que eu não parecesse fraca ou comum o suficiente pra que você fosse embora.
Mas agora que vais, posso te revelar tantos segredos escondidos na intenção de te fazer ficar por um pouco mais...

Eu sou uma mulher frágil. Tudo isso que você vê é uma grande casca muito bem construída ao longo do tempo. Mas saiba que cada dor, cada sofrimento é uma lasquinha que me é tirada e, com o passar do tempo, vou me sentindo cada vez mais desnudada.
Eu sou pequena. Menor do que aparento ser. Talvez eu tenha te enganado na minha mania de ficar na ponta do pé, ou de parecer altiva demais perto de você.
Eu sou romântica, brega e me apaixono atém mesmo por um "oi" bem dito. essa coisa do "deixa rolar" e "eu me seguro" é tudo mentira. Mas isso, eu acho que você percebeu.

Percebeu pelos meus olhos que se derretem...
Percebeu pelo abraço que eu nunca quero que se desfaça...
Percebeu pela minha mania de tentar compassar seu coração com o meu...

Essas foram todas as mentiras que te contei, ou que apenas omiti na intenção de não aparecer comum ou frágil demais pra você.
Agora que você vai embora, eu me pergunto se realmente não era melhor eu ter sido mais comum...
Se não era melhor eu dizer de verdade: "cuida de mim!" e não "eu cuido de você!"

Será que ainda dá tempo?
Porque se der, eu posso fazer tudo diferente...
É só você dizer que me espera...

Aos que adormecem...


Ela adormeceu em braços que aquecem e acordou com braços que enlaçam.
Ela sonhou com nuvens e flores e acordou rodeada de braços que protegem.
No dia seguinte, como não podia deixar de ser, ela adormeceu, mas, quando acordou, o mundo já não era mais aquele mesmo. Era como se uma fenda no espaço tivesse apagado tudo o que havia se passado:
os beijos já não foram mais dados...
os abraços foram esquecidos...
o sossego do adormecer foi perturbado...
os próximos dias viraram mentiras...

Maldito esse tal adormecer...

Atriz da vida real.


E se eu fizesse a cena daquela que é abandonada, funcionaria?
Não faz minha linha, mas eu sei muito bem jogar esse jogo. Senão todos esses anos de teatro seriam em vão...
O que não dá é pra lidar com atriz da vida real.
Sei me fazer de frágil, de mulherzinha. Sei disfarçar a objetividade nas entrelinhas, mas o que eu não sei é fazer ceninha...
Vai? Pode ir. Se eu chorar vai ser pelo que poderia ter sido e não foi, e não pra você ficar.
Você só fica se quiser, afinal, você sabe muito bem o que tem aqui.
Talvez a falta de jogos me deixou transparente demais. Ninguém em segura quando resolvo dizer o que sinto e talvez eu tenha feito bem demais pra sua auto-estima...
Aos trancos e barrancos eu vou me segurando. Já passei por cosia pior. E já te contei isso. Aliás, te contei coisas demais...
Vai. Vai que eu vou ficar por aqui fingindo ser forte e dar conta.
Por dentro tem uma menina frágil precisando de colo; tem uma boba que fica com o telefone na mão esperando sinal de vida; tem uma furacão vermelho que roda com fúria.
Mas ainda assim, essa menina-boba-furacão pega um saquinho, guarda as coisas e promete não fazer nada disso nunca mais (mesmo continuando a esperar...)...

Ao que se vai (2)

Querido amigo...


Vinícius de Moraes chama suas amadas de"amigas". Roberto Carlos também. Acho bonito e singelo. Adotei.
São coisas que não deram tempo de serem ensinadas...
Não deu tempo de te apresentar a infinidade de músicas que eu mais gosto, e deitar de cabeça pra baixo enquanto as ouço, e canta-las baixinho porque eu tenho uma vergonha enorme de cantar pra alguém...
Nem deu tempo de cantar alguma coisa pra você...

Não deu tempo de te levar para os lugares onde me refugio, como naquele lugar de sombra no coração da cidade onde num dia cinza você foi me encontrar e trouxe tantas cores diferentes pro meu dia.

Não deu tempo de tanta coisa...
Você sempre disse que eu sou ótima. E eu sou mesmo, ÓTIMA! E ainda disse que bobo era quem se afastava de mim. Concordo! Concordo mesmo! Então a partir de agora eu posso te chamar de idiota? Ou burro?
Nem quero. Prefiro chamar do que sempre chamei, daquilo do pé da orelha que te fazia tão bem e te deixava com um sorriso bobo no canto da boca...

Não deu tempo...
E se eu esperasse? E se eu desejasse muito com todas as forças de olhos fechados, será que aconteceria? Será que você apareceria?...

Se joga.
Se joga.
Vou repetir tantas vezes quanto repito: Que seja doce!
Que seja doce!
Que seja doce....

Não foi...

Ao que se vai (1)

Querido amigo...

Escrevo como uma despedida de tudo o que poderia ter sido e não foi...
Foi tudo uma delícia e vai fazer muita falta a sua orelha fria, mas espero que entenda que eu não posso continuar.
Você me pediu pra remar. Me pediu pra entrar no barco e remar. Eu remei mas esqueci de falar que você precisava remar comigo, senão eu ficaria dando voltas em torno de mim mesma e isso não nos faz sair do lugar.
Acho que me superestimei. Ou TE superestimei. Acreditei que seria tudo tão legal que esqueci que ainda existia a possibilidade de perder. E perdi. Lembra que eu te falei que não sei perder nada? Lembra que disse que eu tenho tudo o que eu quero? Não por eu ser uma menina mimada, mas por eu ser uma batalhadora? Pois é. Agora aconteceu uma quebra: eu perdi. E posso te contar uma cosia? Dói!
Vai fazer falta sua orelha fria pra te dizer segredos de liquidificador...
Vai fazer falta seu cheirinho, seu corpo grudado "nimim", mas você entende né?
Você escolheu. A vida é feita de escolhas. Eu não posso ficar no seu caminho. Somos livres. Escolhemos as pessoas que ficarão na nossa vida. Lembra que eu disse que era problema seu? Pois é. Agora vi, é problema meu, só meu...

Seria lindo se você ficasse. Seria lindo te ver e rever e continuar nessa dúvida do ter-e-não-ter.
Esperar?
eu vou. Acho que vou.
Mas tinha que doer tanto? Logo eu que fujo de sofrimentos...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Meninices da vida adulta...


Desde menina, decisões muito sérias da minha vida foram tomadas acompanhadas de um sorvete. Não chega a ser compulsão alimentar. Não são necessários litros diários de sorvete. Mas quando a coisa aperta, quando o bicho pega e é preciso parar pra pensar, um sorvete sempre foi meu melhor companheiro.

É a união do momento, com o sabor e o espaço no meio do dia pra se pensar na vida. É o sossego de sentar-se em qualquer lugar fresco e, entre uma pazinha e outra, engolir sapos, esfriar a cabeça, acalmar palavras ásperas.

Chateações do dia, pessoas que te aborreceram, imagens felizes do fim de semana, um novo amor, tudo isso passa pela minha cabeça enquanto tomo sorvete. É o momento do dia que encontrei pra dizer: "Peraí, vou ali e volto já". Mais saudável que um cigarro na escada. Mais gostoso que uma cachaça que queima (se bem que, em certos momentos, nada substitui uma cachaça queimando!).
Percebo que tomar sorvete trata-se de uma metáfora vivenciada por mim.

Escrever também é um grande aliado. Mas no momento, justo nessa tarde, justo depois desse telefonema, justo com esse coração que cisma de ser forte mesmo que em frangalhos, peraí que eu vou ali tomar um sorvetinho...

Sutilezas de sinceridades...


Nunca vou entender ataques de sinceridade. São situações que te pressionam, assustam e não encontram "porquês".
Eu coloco que a sinceridade é um bem. Se a cultivássemos, teríamos menos cânceres, menos visitas ao terapeuta e menos ingestão de remédios. A sinceridade deve ser tomada como um hábito, assim você aprende as entonações e palavras necessárias para ser sincero e não grosseiro.
O uso homeopático da sinceridade causa mal entendido.
Sinceridades que machucam chamam-se ofensas, a diferença é que são ditas com um doce tom de voz...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Afinal, música é texto...

Um Homem Também Chora
(Gonzaguinha)


Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas...
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura...
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito...
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos...
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra do seu tempo
Por sobre seus ombros...
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama...
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz
Não dá prá ser feliz...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Trecho de "O amor esquece de começar", de Carpinejar.

No momento preciso, meus preferidos possuem as palavras certas pra mim, então, porque escrever? Apenas cito-os, exibida por sentir que algo foi escrito pra mim, mesmo que não seja...



Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez.
Medo de sacrificar a amizade.
Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros.
Medo se o telefone toca, se o telefone não toca.
Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa.
Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo.
Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção.
Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas.
Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen,
de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida.
Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer.
Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta.
Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso,
medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer,
talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia.
Medo do imprevisível que foi planejado.
Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue.
Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo.
O corpo mais lado da fraqueza.
Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado.
Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente.
Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam.
Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo,
que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado.
Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele.
Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas.
Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar,
que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz.
Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa,
recolhida como se fosse paz.
Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas.
Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer.
Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção.
Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas.
Medo de que ele não precise de você.
Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério
quando faz uma brincadeira.
Medo do cheiro dos travesseiros.
Medo do cheiro das roupas.
Medo do cheiro nos cabelos.
Medo de não respirar sem recuar.
Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo.
Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego.
Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade.
Medo de não soltar as pernas das pernas dele.
Medo de soltar as pernas das pernas dele.
Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir.
Medo da vergonha que vem junto da sinceridade.
Medo da perfeição que não interessa.
Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida.
Medo de estragar a felicidade por não merecê-la.
Medo de não mastigar a felicidade por respeito.
Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la.
Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar.
Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou.
Medo de faltar as aulas e mentir como foram.
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto,
do convívio sem alguém para se mostrar.
Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha.
Você tem medo de já estar apaixonada...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Se o erro for bom, insistir...


Ele tinha a mania de fazer tudo errado desde sempre.
Comentou dos cabelos coloridos com se fossem únicos. Observou seu jeito de mexer a boca ou de sorrir com os olhos.
Esperou o tempo certo para o primeiro contato.
Beijou-a como se quisesse há tempos.
Não revelou mais nada. Nem disse se iria reencontrá-la. Reencontrou.
E continuou com o beijo que parecia guardado pra ela.
em cada reencontro, novos erros.
Falou ao pé do ouvido.
Andou de mãos dadas.
Prometeu esperá-la. Esperou.
Quis revê-la, mas não assumiu!
Aconteceu o reencontro. E mais um. E mais um e em cada um uma sucessão de erros.
fugiram juntos. Algumas vezes.
Ele deixava-se ser guiado pela mão.
Ela guiava como se soubesse pra onde ia. Não sabia, mas guiava.
Ele não falava.
Ela falava pelos cotovelos.
E a cada fuga novas poucas palavras, momentos de poucas entregas.
Vontade, mesmo na distância.
Sobrava sempre aquele riso bobo no canto da boca.

Ele tinha a mania de fazer tudo errado desde sempre.
E ela, gostava mais e mais...

Curta a paixão em si



Curta a paixão em si!
O outro não tem culpa de ter-lhe conquistado. de ter dito a coisa certa com o tom de voz certo.
Não despeje seus planejamentos amorosos sobre o outro como se ele fosse o responsável pela paixão despertada. Claro que ele tem parte no que está te acontecendo, mas não transforme isso no sentimento DELE. Esse é um sentimento SEU! Então curta o sentimento em você!

Perceba-se mais bonita no espelho, mesmo com a cara amassada de sono afinal, a beleza está no novo brilho dos olhos, na luz que vem de dentro e não no simples detalhe de uma cara inchada.

Perceba que o momento de enfeitar-se para o outro deve, antes de tudo, um ritual onde você se presenteia! O banho demorado não acontece por causa dele! É sua massagem diária, seu momento com seu próprio corpo! Os perfumes e cheiros são pensados pra ele, mas são carregados em você, então perceba-se cheirosa e enfeitada o suficiente pra si!

Mulher é cheia de "coisinhas". Só quando vivemos uma paixão gostosa é que percebemos essas nossas "coisinhas". A mania de balançar o pé, o jeito com que a boca demonstra seus pensamentos, os dedos que se enrolam no cabelo. Perceba suas próprias "coisinhas" como um adicional de você, charmes desperdiçados no dia-a-dia e que agora buscam a atenção de um só.

Acima de tudo, ame-se apaixonada. Mesmo quando a paixão é platônica. Mesmo quando o sujeito não vale nada! Aprenda a curtir cada estágio: a descoberta, a constatação de que não devia, a insegurança do dia de amanhã, a certeza de que deu errado e a renovação do coração.

Sofrer dói, chorar dói, mas você não tem certeza se vai chorar ou sorrir, por isso, se jogue! De riso e lágrima é feita a vida! Aviso: o viver é feito de entregas!