quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Dos desejos e desencontros.


Guardava em si o movimento de uma tempestade. Resistia. Segurava-se. Esperava a hora certa, a palavra certa.
Nunca fora acostumada a ouvir não. De fato, sempre teve tudo o que quis, não por ser mimada, mas por tanto batalhar.
Desejava um alguém e demonstrava sem pudores. Aliás, pudor é uma coisa que há tempos aprendeu a dominar!
Mas o maldito seja o desejo não correspondido. Maldito seja o medo alheio.
Jogava-se também na aventura. Se divertia com isso. Era só isso que buscava: diversão. O risco, o riso, a hora marcada, o telefone escondido, o frio da barriga na véspera do encontro.
Diversão!
Observava tudo como uma grande diversão. Sorria das situações da vida. Ela, livre, solta, exótica, extrema...
Provocava. Era só o que poderia fazer. A resposta sempre tem que vir de fora. E cada retorno, cada resposta, cada suspiro era um sorriso bobo brotando no canto da boca. Dessa vez, riso de malícia.

"A minha teimosia é uma arma..."

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