terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Rasgar-se seria uma opção.


Rasgar-se seria uma opção.
Resolvera rasgar-se então, caso fosse preciso, até que a imensa saudade se esvaísse.
Não queria mais senti-la. E quando chorar já não serve, doer-se não serve, encolher-se já não serve, serviria rasgar-se então.

Entregou-se ao mundo como se fosse esse, o mais desejado amante. Amou a intensidade de corpos e rostos na noite. Amou em meio á bebidas, estranhos, amigos, risos altos e falsos, travesseiros manchados.
Amou enquanto o corpo conseguiu. Já não via o dia, aguardava ansiosa pela noite e seus risos soltos.
Sorriu enquanto ouve sorriso. Bebeu enquanto ouve estômago. Chorou... mas já nem contava com isso!

E assim, entre braços e abraços, desfaleceu. Era o corpo, que não acompanhava a mente inquieta. E quando já não havia mais sorrisos, houve a casa vazia, os dias vistos pela janela, a mesma angústia no peito e aquela pontinha de saudade no cinzeiro...
Havia construído seu casulo e ali, aprendeu a esperar. O corpo forçava pela espera. A ansiedade deu lugar à conformação. Calma... calma... Caio na cabeça:

"Relaxa, baby, e flui: barquinho na correnteza, Deus dará."

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Saudade. Só isso. Deu saudade.

Não foi nada não. Foi só saudade. De repente bateu tanta saudade...


Remexer nas gavetas dói.
Rearrumar as coisas dói.
Encontrar aquele bilhetinho no bolso da calça destrói...

É preciso organizar-se, limpar as gavetas, o bolso do casaco, o coração...
Mas dói tanto que é preferível deixar tudo quietinho como está, até que tudo se consuma...

domingo, 15 de janeiro de 2012

Jogando meu corpo no mundo...


Catei os cacos, guardei num saquinho, mas ainda não comprei cola.
O coração ainda pulsa. Vez ou outra me pego pensando no que não deve...
A saudade às vezes, é tão grande, que é preciso enfiar-se debaixo da cama pra esperar o tempo passar.

Continuamos numa boa relação, o mundo e eu. Ele me engolindo, eu absorvendo-o. Eu me jogo, ele me ampara.

Acredito que o mundo não minta pra mim...

sábado, 14 de janeiro de 2012

Mas é preciso ter força...


Se aquieta! Sossega Coração! É bom pra você aprender!
Da última vez, você dançou! De agora, em diante, não ouça mais a música!!!

Voltando aos contos da noite...


Percebeu-se sozinha. Dessa vez não era a solidão desejada, acompanhada de Tim Maia. Solidão do abandono acompanhada de Lupicínio Rodrigues.
Pela casa, ecoava "Você sabe o que é ter um amor? ter loucura por uma mulher? E depois encontrar esse amor, meu senhor, nos braços de um outro qualquer?..."
O gozo da solidão abriu espaço pro buraco do vazio.
Cacos de peito esparramado pelo sofá.

Um dia!
Dera-se o direito de curtir o luto por apenas um dia. Um dia inteiro de lembranças e dores. Um dia inteiro do rímel que escorria pelos olhos. Um dia. Ela, que não era dada à sofrimentos, permitiu-se ter pena de si. "Chorei, chorei até ficar com dó de mim..."

Na manhã seguinte, hora de trocar o travesseiro manchado, tirar o peso dos ombros e apagar lembranças. Sem mais esperanças.
Benzeu-se. Abriu-se pro sol, entregou-se por mundo. Decidiu não chorar. Ninguém é digno do choro sentido de mulher...

Vestiu-se tão mais bonita do que andava nos últimos dias. Subiu no salto pra ter a sensação de ver as pessoas de cima. Sentiu-se linda! Estava linda! E por onde passava, ouvia tantas e tantas vezes tal palavra "linda!".
Depois de se sentir tão feia e pequena, o ego pedia socorro. E como já era de se esperar, se jogou no samba. Se jogou em passos, corpos, bocas, copos, sorrisos. Se joga... Tanto pediu, tanto entregou... Enquanto se jogava, pensava: "Olha eu aqui me jogando sozinha novamente!"

E em sua boca, não mais o risinho bobo no canto, havia malícia, segredo e uma boca molhada de paixão calada!

Brindemos, pois! Porque a vida chama lá fora!

"Vamos pedir piedade, Senhor, piedade pra essa gente careta e covarde!..."


Um brinde aos defeitos!
Um brinde ao meu nariz de batata que eu disfarço com uma porção de óculos diferentes e um piercing pra disfarçar
Um brinde à minha cara inchada ao acordar!
Um brinde à minha teimosia porque é através dela que eu consigo muito do que eu quero!
Um brinde às minhas atitudes de moleque, como se eu não quisesse nunca ultrapassar a barreira entre menina/mulher e continuar andando com as unhas por fazer, sapatos baixos e sem maquiagem!
Um brinde à minha vergonha súbita de cumprimentar alguém em quem eu tenha interesse.
Um brinde á minha terrível mania de sossegar meu coração nos amigos, na música e na madrugada até que ele se cale pra dor e se cure das feridas!
Um brinde por eu ser uma apaixonada pela vida, sem medos ou escrúpulos de gostar, sem querer viver uma vida morna!
Um brinde por me entregar e ser feliz!
Um brinde por eu me entregar e tomar no cu!
Um brinde aos sofrimentos, choros compulsivos, tristezas de amor!
Brindemos pois, aos nossos defeitos porque eles me tornam o que eu sou e posso garantir que eu sou muito feliz comigo mesma!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Conselho


Nunca! nunca diga a quem se gosta que ele deve partir pra buscar sua felicidade.
Você pode descobrir que a felicidade dele está longe demais e acredite, ele vai embora e você vai ficar esperando...

Ao que se vai (3)

Caro amigo,


Eu só queria te contar, através desta, que eu menti.
Sempre menti e omiti algumas verdades pra que eu não parecesse fraca ou comum o suficiente pra que você fosse embora.
Mas agora que vais, posso te revelar tantos segredos escondidos na intenção de te fazer ficar por um pouco mais...

Eu sou uma mulher frágil. Tudo isso que você vê é uma grande casca muito bem construída ao longo do tempo. Mas saiba que cada dor, cada sofrimento é uma lasquinha que me é tirada e, com o passar do tempo, vou me sentindo cada vez mais desnudada.
Eu sou pequena. Menor do que aparento ser. Talvez eu tenha te enganado na minha mania de ficar na ponta do pé, ou de parecer altiva demais perto de você.
Eu sou romântica, brega e me apaixono atém mesmo por um "oi" bem dito. essa coisa do "deixa rolar" e "eu me seguro" é tudo mentira. Mas isso, eu acho que você percebeu.

Percebeu pelos meus olhos que se derretem...
Percebeu pelo abraço que eu nunca quero que se desfaça...
Percebeu pela minha mania de tentar compassar seu coração com o meu...

Essas foram todas as mentiras que te contei, ou que apenas omiti na intenção de não aparecer comum ou frágil demais pra você.
Agora que você vai embora, eu me pergunto se realmente não era melhor eu ter sido mais comum...
Se não era melhor eu dizer de verdade: "cuida de mim!" e não "eu cuido de você!"

Será que ainda dá tempo?
Porque se der, eu posso fazer tudo diferente...
É só você dizer que me espera...

Aos que adormecem...


Ela adormeceu em braços que aquecem e acordou com braços que enlaçam.
Ela sonhou com nuvens e flores e acordou rodeada de braços que protegem.
No dia seguinte, como não podia deixar de ser, ela adormeceu, mas, quando acordou, o mundo já não era mais aquele mesmo. Era como se uma fenda no espaço tivesse apagado tudo o que havia se passado:
os beijos já não foram mais dados...
os abraços foram esquecidos...
o sossego do adormecer foi perturbado...
os próximos dias viraram mentiras...

Maldito esse tal adormecer...

Atriz da vida real.


E se eu fizesse a cena daquela que é abandonada, funcionaria?
Não faz minha linha, mas eu sei muito bem jogar esse jogo. Senão todos esses anos de teatro seriam em vão...
O que não dá é pra lidar com atriz da vida real.
Sei me fazer de frágil, de mulherzinha. Sei disfarçar a objetividade nas entrelinhas, mas o que eu não sei é fazer ceninha...
Vai? Pode ir. Se eu chorar vai ser pelo que poderia ter sido e não foi, e não pra você ficar.
Você só fica se quiser, afinal, você sabe muito bem o que tem aqui.
Talvez a falta de jogos me deixou transparente demais. Ninguém em segura quando resolvo dizer o que sinto e talvez eu tenha feito bem demais pra sua auto-estima...
Aos trancos e barrancos eu vou me segurando. Já passei por cosia pior. E já te contei isso. Aliás, te contei coisas demais...
Vai. Vai que eu vou ficar por aqui fingindo ser forte e dar conta.
Por dentro tem uma menina frágil precisando de colo; tem uma boba que fica com o telefone na mão esperando sinal de vida; tem uma furacão vermelho que roda com fúria.
Mas ainda assim, essa menina-boba-furacão pega um saquinho, guarda as coisas e promete não fazer nada disso nunca mais (mesmo continuando a esperar...)...

Ao que se vai (2)

Querido amigo...


Vinícius de Moraes chama suas amadas de"amigas". Roberto Carlos também. Acho bonito e singelo. Adotei.
São coisas que não deram tempo de serem ensinadas...
Não deu tempo de te apresentar a infinidade de músicas que eu mais gosto, e deitar de cabeça pra baixo enquanto as ouço, e canta-las baixinho porque eu tenho uma vergonha enorme de cantar pra alguém...
Nem deu tempo de cantar alguma coisa pra você...

Não deu tempo de te levar para os lugares onde me refugio, como naquele lugar de sombra no coração da cidade onde num dia cinza você foi me encontrar e trouxe tantas cores diferentes pro meu dia.

Não deu tempo de tanta coisa...
Você sempre disse que eu sou ótima. E eu sou mesmo, ÓTIMA! E ainda disse que bobo era quem se afastava de mim. Concordo! Concordo mesmo! Então a partir de agora eu posso te chamar de idiota? Ou burro?
Nem quero. Prefiro chamar do que sempre chamei, daquilo do pé da orelha que te fazia tão bem e te deixava com um sorriso bobo no canto da boca...

Não deu tempo...
E se eu esperasse? E se eu desejasse muito com todas as forças de olhos fechados, será que aconteceria? Será que você apareceria?...

Se joga.
Se joga.
Vou repetir tantas vezes quanto repito: Que seja doce!
Que seja doce!
Que seja doce....

Não foi...

Ao que se vai (1)

Querido amigo...

Escrevo como uma despedida de tudo o que poderia ter sido e não foi...
Foi tudo uma delícia e vai fazer muita falta a sua orelha fria, mas espero que entenda que eu não posso continuar.
Você me pediu pra remar. Me pediu pra entrar no barco e remar. Eu remei mas esqueci de falar que você precisava remar comigo, senão eu ficaria dando voltas em torno de mim mesma e isso não nos faz sair do lugar.
Acho que me superestimei. Ou TE superestimei. Acreditei que seria tudo tão legal que esqueci que ainda existia a possibilidade de perder. E perdi. Lembra que eu te falei que não sei perder nada? Lembra que disse que eu tenho tudo o que eu quero? Não por eu ser uma menina mimada, mas por eu ser uma batalhadora? Pois é. Agora aconteceu uma quebra: eu perdi. E posso te contar uma cosia? Dói!
Vai fazer falta sua orelha fria pra te dizer segredos de liquidificador...
Vai fazer falta seu cheirinho, seu corpo grudado "nimim", mas você entende né?
Você escolheu. A vida é feita de escolhas. Eu não posso ficar no seu caminho. Somos livres. Escolhemos as pessoas que ficarão na nossa vida. Lembra que eu disse que era problema seu? Pois é. Agora vi, é problema meu, só meu...

Seria lindo se você ficasse. Seria lindo te ver e rever e continuar nessa dúvida do ter-e-não-ter.
Esperar?
eu vou. Acho que vou.
Mas tinha que doer tanto? Logo eu que fujo de sofrimentos...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Meninices da vida adulta...


Desde menina, decisões muito sérias da minha vida foram tomadas acompanhadas de um sorvete. Não chega a ser compulsão alimentar. Não são necessários litros diários de sorvete. Mas quando a coisa aperta, quando o bicho pega e é preciso parar pra pensar, um sorvete sempre foi meu melhor companheiro.

É a união do momento, com o sabor e o espaço no meio do dia pra se pensar na vida. É o sossego de sentar-se em qualquer lugar fresco e, entre uma pazinha e outra, engolir sapos, esfriar a cabeça, acalmar palavras ásperas.

Chateações do dia, pessoas que te aborreceram, imagens felizes do fim de semana, um novo amor, tudo isso passa pela minha cabeça enquanto tomo sorvete. É o momento do dia que encontrei pra dizer: "Peraí, vou ali e volto já". Mais saudável que um cigarro na escada. Mais gostoso que uma cachaça que queima (se bem que, em certos momentos, nada substitui uma cachaça queimando!).
Percebo que tomar sorvete trata-se de uma metáfora vivenciada por mim.

Escrever também é um grande aliado. Mas no momento, justo nessa tarde, justo depois desse telefonema, justo com esse coração que cisma de ser forte mesmo que em frangalhos, peraí que eu vou ali tomar um sorvetinho...

Sutilezas de sinceridades...


Nunca vou entender ataques de sinceridade. São situações que te pressionam, assustam e não encontram "porquês".
Eu coloco que a sinceridade é um bem. Se a cultivássemos, teríamos menos cânceres, menos visitas ao terapeuta e menos ingestão de remédios. A sinceridade deve ser tomada como um hábito, assim você aprende as entonações e palavras necessárias para ser sincero e não grosseiro.
O uso homeopático da sinceridade causa mal entendido.
Sinceridades que machucam chamam-se ofensas, a diferença é que são ditas com um doce tom de voz...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Afinal, música é texto...

Um Homem Também Chora
(Gonzaguinha)


Um homem também chora
Menina morena
Também deseja colo
Palavras amenas...
Precisa de carinho
Precisa de ternura
Precisa de um abraço
Da própria candura...
Guerreiros são pessoas
Tão fortes, tão frágeis
Guerreiros são meninos
No fundo do peito...
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sono
Que os tornem refeitos...
É triste ver meu homem
Guerreiro menino
Com a barra do seu tempo
Por sobre seus ombros...
Eu vejo que ele berra
Eu vejo que ele sangra
A dor que tem no peito
Pois ama e ama...
Um homem se humilha
Se castram seu sonho
Seu sonho é sua vida
E vida é trabalho...
E sem o seu trabalho
O homem não tem honra
E sem a sua honra
Se morre, se mata...
Não dá prá ser feliz
Não dá prá ser feliz...

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Trecho de "O amor esquece de começar", de Carpinejar.

No momento preciso, meus preferidos possuem as palavras certas pra mim, então, porque escrever? Apenas cito-os, exibida por sentir que algo foi escrito pra mim, mesmo que não seja...



Medo de sofrer o que não está acostumada. Medo de se conhecer e esquecer outra vez.
Medo de sacrificar a amizade.
Medo de perder a vontade de trabalhar, de aguardar que alguma coisa mude de repente, de alterar o trajeto para apressar encontros.
Medo se o telefone toca, se o telefone não toca.
Medo da curiosidade, de ouvir o nome dele em qualquer conversa.
Medo de inventar desculpa para se ver livre do medo.
Medo de se sentir observada em excesso, de descobrir que a nudez ainda é pouca perto de um olhar insistente. Não suportar ser olhada com esmero e devoção.
Nem os anjos, nem Deus agüentam uma reza por mais de duas horas.
Medo de ser engolida como se fosse líquido, de ser beijada como se fosse líquen,
de ser tragada como se fosse leve.
Você tem medo de se apaixonar por si mesma logo agora que tinha desistido de sua vida.
Medo de enfrentar a infância, o seio que criou para aquecer as mãos quando criança, medo de ser a última a vir para a mesa, a última a voltar da rua, a última a chorar.
Você tem medo de se apaixonar e não prever o que pode sumir, o que pode desaparecer.
Medo de se roubar para dar a ele, de ser roubada e pedir de volta.
Medo de que ele seja um canalha, medo de que seja um poeta, medo de que seja amoroso,
medo de que seja um pilantra, incerta do que realmente quer,
talvez todos em um único homem, todos um pouco por dia.
Medo do imprevisível que foi planejado.
Medo de que ele morda os lábios e prove o seu sangue.
Você tem medo de oferecer o lado mais fraco do corpo.
O corpo mais lado da fraqueza.
Medo de que ele seja o homem certo na hora errada, a hora certa para o homem errado.
Medo de se ultrapassar e se esperar por anos, até que você antes disso e você depois disso possam se coincidir novamente.
Medo de largar o tédio, afinal você e o tédio enfim se entendiam.
Medo de que ele inspire a violência da posse, a violência do egoísmo,
que não queira repartir ele com mais ninguém, nem com seu passado.
Medo de que não queira se repartir com mais ninguém, além dele.
Medo de que ele seja melhor do que suas respostas, pior do que as suas dúvidas.
Medo de que ele não seja vulgar para escorraçar mas deliciosamente rude para chamar,
que ele se vire para não dormir, que ele se acorde ao escutar sua voz.
Medo de ser sugada como se fosse pólen, soprada como se fosse brasa,
recolhida como se fosse paz.
Medo de ser destruída, aniquilada, devastada e não reclamar da beleza das ruínas.
Medo de ser antecipada e ficar sem ter o que dizer.
Medo de não ser interessante o suficiente para prender sua atenção.
Medo da independência dele, de sua algazarra, de sua facilidade em fazer amigas.
Medo de que ele não precise de você.
Medo de ser uma brincadeira dele quando fala sério ou que banque o sério
quando faz uma brincadeira.
Medo do cheiro dos travesseiros.
Medo do cheiro das roupas.
Medo do cheiro nos cabelos.
Medo de não respirar sem recuar.
Medo de que o medo de entrar no medo seja maior do que o medo de sair do medo.
Medo de não ser convincente na cama, persuasiva no silêncio, carente no fôlego.
Medo de que a alegria seja apreensão, de que o contentamento seja ansiedade.
Medo de não soltar as pernas das pernas dele.
Medo de soltar as pernas das pernas dele.
Medo de convidá-lo a entrar, medo de deixá-lo ir.
Medo da vergonha que vem junto da sinceridade.
Medo da perfeição que não interessa.
Medo de machucar, ferir, agredir para não ser machucada, ferida, agredida.
Medo de estragar a felicidade por não merecê-la.
Medo de não mastigar a felicidade por respeito.
Medo de passar pela felicidade sem reconhecê-la.
Medo do cansaço de parecer inteligente quando não há o que opinar.
Medo de interromper o que recém iniciou, de começar o que terminou.
Medo de faltar as aulas e mentir como foram.
Medo do aniversário sem ele por perto, dos bares e das baladas sem ele por perto,
do convívio sem alguém para se mostrar.
Medo de enlouquecer sozinha. Não há nada mais triste do que enlouquecer sozinha.
Você tem medo de já estar apaixonada...

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Se o erro for bom, insistir...


Ele tinha a mania de fazer tudo errado desde sempre.
Comentou dos cabelos coloridos com se fossem únicos. Observou seu jeito de mexer a boca ou de sorrir com os olhos.
Esperou o tempo certo para o primeiro contato.
Beijou-a como se quisesse há tempos.
Não revelou mais nada. Nem disse se iria reencontrá-la. Reencontrou.
E continuou com o beijo que parecia guardado pra ela.
em cada reencontro, novos erros.
Falou ao pé do ouvido.
Andou de mãos dadas.
Prometeu esperá-la. Esperou.
Quis revê-la, mas não assumiu!
Aconteceu o reencontro. E mais um. E mais um e em cada um uma sucessão de erros.
fugiram juntos. Algumas vezes.
Ele deixava-se ser guiado pela mão.
Ela guiava como se soubesse pra onde ia. Não sabia, mas guiava.
Ele não falava.
Ela falava pelos cotovelos.
E a cada fuga novas poucas palavras, momentos de poucas entregas.
Vontade, mesmo na distância.
Sobrava sempre aquele riso bobo no canto da boca.

Ele tinha a mania de fazer tudo errado desde sempre.
E ela, gostava mais e mais...

Curta a paixão em si



Curta a paixão em si!
O outro não tem culpa de ter-lhe conquistado. de ter dito a coisa certa com o tom de voz certo.
Não despeje seus planejamentos amorosos sobre o outro como se ele fosse o responsável pela paixão despertada. Claro que ele tem parte no que está te acontecendo, mas não transforme isso no sentimento DELE. Esse é um sentimento SEU! Então curta o sentimento em você!

Perceba-se mais bonita no espelho, mesmo com a cara amassada de sono afinal, a beleza está no novo brilho dos olhos, na luz que vem de dentro e não no simples detalhe de uma cara inchada.

Perceba que o momento de enfeitar-se para o outro deve, antes de tudo, um ritual onde você se presenteia! O banho demorado não acontece por causa dele! É sua massagem diária, seu momento com seu próprio corpo! Os perfumes e cheiros são pensados pra ele, mas são carregados em você, então perceba-se cheirosa e enfeitada o suficiente pra si!

Mulher é cheia de "coisinhas". Só quando vivemos uma paixão gostosa é que percebemos essas nossas "coisinhas". A mania de balançar o pé, o jeito com que a boca demonstra seus pensamentos, os dedos que se enrolam no cabelo. Perceba suas próprias "coisinhas" como um adicional de você, charmes desperdiçados no dia-a-dia e que agora buscam a atenção de um só.

Acima de tudo, ame-se apaixonada. Mesmo quando a paixão é platônica. Mesmo quando o sujeito não vale nada! Aprenda a curtir cada estágio: a descoberta, a constatação de que não devia, a insegurança do dia de amanhã, a certeza de que deu errado e a renovação do coração.

Sofrer dói, chorar dói, mas você não tem certeza se vai chorar ou sorrir, por isso, se jogue! De riso e lágrima é feita a vida! Aviso: o viver é feito de entregas!