quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Ao que se vai (1)

Querido amigo...

Escrevo como uma despedida de tudo o que poderia ter sido e não foi...
Foi tudo uma delícia e vai fazer muita falta a sua orelha fria, mas espero que entenda que eu não posso continuar.
Você me pediu pra remar. Me pediu pra entrar no barco e remar. Eu remei mas esqueci de falar que você precisava remar comigo, senão eu ficaria dando voltas em torno de mim mesma e isso não nos faz sair do lugar.
Acho que me superestimei. Ou TE superestimei. Acreditei que seria tudo tão legal que esqueci que ainda existia a possibilidade de perder. E perdi. Lembra que eu te falei que não sei perder nada? Lembra que disse que eu tenho tudo o que eu quero? Não por eu ser uma menina mimada, mas por eu ser uma batalhadora? Pois é. Agora aconteceu uma quebra: eu perdi. E posso te contar uma cosia? Dói!
Vai fazer falta sua orelha fria pra te dizer segredos de liquidificador...
Vai fazer falta seu cheirinho, seu corpo grudado "nimim", mas você entende né?
Você escolheu. A vida é feita de escolhas. Eu não posso ficar no seu caminho. Somos livres. Escolhemos as pessoas que ficarão na nossa vida. Lembra que eu disse que era problema seu? Pois é. Agora vi, é problema meu, só meu...

Seria lindo se você ficasse. Seria lindo te ver e rever e continuar nessa dúvida do ter-e-não-ter.
Esperar?
eu vou. Acho que vou.
Mas tinha que doer tanto? Logo eu que fujo de sofrimentos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário