terça-feira, 3 de janeiro de 2012
Se o erro for bom, insistir...
Ele tinha a mania de fazer tudo errado desde sempre.
Comentou dos cabelos coloridos com se fossem únicos. Observou seu jeito de mexer a boca ou de sorrir com os olhos.
Esperou o tempo certo para o primeiro contato.
Beijou-a como se quisesse há tempos.
Não revelou mais nada. Nem disse se iria reencontrá-la. Reencontrou.
E continuou com o beijo que parecia guardado pra ela.
em cada reencontro, novos erros.
Falou ao pé do ouvido.
Andou de mãos dadas.
Prometeu esperá-la. Esperou.
Quis revê-la, mas não assumiu!
Aconteceu o reencontro. E mais um. E mais um e em cada um uma sucessão de erros.
fugiram juntos. Algumas vezes.
Ele deixava-se ser guiado pela mão.
Ela guiava como se soubesse pra onde ia. Não sabia, mas guiava.
Ele não falava.
Ela falava pelos cotovelos.
E a cada fuga novas poucas palavras, momentos de poucas entregas.
Vontade, mesmo na distância.
Sobrava sempre aquele riso bobo no canto da boca.
Ele tinha a mania de fazer tudo errado desde sempre.
E ela, gostava mais e mais...
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