domingo, 25 de março de 2012

Sou ariano torto, vivo de amor profundo...


Porque ser mulher vai além do sexo. Como se já não bastasse o turbilhão de hormônios, os cuidados com a estética, as exigências sociais, a possibilidade de engravidar (que pra umas é uma benção e pra mim é uma lástima!), ainda tem essas coisas todas que a gente resolve acreditar como se mudasse alguma coisa na nossa vida.

INFERNO ASTRAL! "O período conhecido popularmente como "Inferno Astral" é o mês que antecede o aniversário de alguém. Nesta época, muitas pessoas acreditam viver momentos de angústia, depressão ou até mesmo azar, atribuindo as turbulências a alguma configuração astrológica misteriosa."

Principalmente por ser "misterioso" é que a gente adora acreditar! É porque a gente não se aguenta de vontade de encontrar respostas pra tudo nesse mundo, e quando algo não se explica e se configura "misterioso", é nosso êxtase puro! Como se já não bastassem as coisas todas da vida, ainda resolvemos acreditar em astrologia, tarô, búzios, leitura de mão, de pé, de borra de café! Haja fé pra tanta possibilidade!

Claro eu eu não seria diferente disso. Mulher que sou (diferentemente de mulherzinha!!!), busco explicação no tal zodíaco pra explicar algumas coisas.
"A mulher ariana é brava, independente e dona de si. Ela pode acordar as 06:00 da manhã, ir para ginástica,trabalhar o dia todo, fazer ingles no almoço ,chegar em casa,limpar a cozinha ,estudar com as crianças, transar com o marido, espanca- lo em seguida(principalmente se for de peixes ou libra) e depois pedir desculpas, ler um romance e finalmente ir dormir.Quanta energia!"

E eu que me resumia simplesmente "sou ariano torto, vivo de amor profundo..."

Diante de tudo e de tanto, determino que atualmente, passei pelas portas do inferno astral!! Estou encerrando um ciclo, me preparando pro próximo e seguindo na projeção que vem acontecendo ao longo dos anos, de ser um ciclo melhor que o outro. O próximo será melhor! Muito melhor! Só de ter completado um ano sem ter frequentado um hospital novamente, já é uma melhora significativa!

A cabeça está à mil! Amores que vem e vão, pessoas que vem e vão,o ir e vir irritante de um coração com vontade própria... e mesmo no meio disso, a certeza de que vai ser melhor. Tudo será melhor. Sempre é. "As coisas vão dar certo. Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa"

quarta-feira, 21 de março de 2012

Sobreviver pra quê, se viver é muito melhor?...


Há quase um ano eu quase não respirei mais.
E não foi por dor de amor, crise de angústia ou medo da solidão. Nem falo de forma poética, eu de fato quase não respirei pra nunca mais.
E medicamentos, internações, medos de morte e agruras à parte, sobrevivi. (De alguma forma a gente sempre sobrevive, né?!)
E deu continuidade ao que chamo: viver. Diferente do "sobreviver", o "viver" toma muito mais tempo e cobra muito mais dedicação do que apenas sobreviver.
Pra viver é preciso doar-se. Ao doar-se, é preciso saber que pode se machucar. Mas se pensar nos machucados que podem acontecer, você vai querer carregar uma maletinha de primeiros socorros, daí já não serve porque isso não é doar-se.
Doar-se é burro assim mesmo! É jogar-se naquilo que se deseja sem saber se haverá amparo.
É entregar-se de colher a quem mal se conhece.
É acreditar que, no final, tudo dará certo - porque sempre dá!
Doar-se é expulsar aquilo que se sente para que possa ser de alguém. Isso é que torna o sentimento real!

Minha respiração hoje anda ótima. Uma paradinha respiratória só acontece por sobressaltos do coração. O peso ao respirar só acontece quando o sono profundo me embala. A respiração cortada acontece quando há prazer.

Mas a falta de ar, dessas bem identificáveis causadas por um olhar certeiro, ah! dessa eu ainda estou á procura...

quinta-feira, 15 de março de 2012

Pelo direito de recriar-me.


Eu não ficaria.
Se não fossem as mãos que se abrem permitindo minha passagem... Se não fossem os braços que se atiram à minha volta... eu não ficaria.

Não ficaria se não houvesse tanto espaço, tanto abrigo, tanto sombra debaixo desse guarda sol...
Mas é tanto carinho, tanto afago, que passei a pensar em tudo como "possibilidade".

Não sei deixar de me doar. Também não sei me doar sem externar amores. Faz parte de mim ceder-me até que o outro sinta que me carrega um pouquinho em cada bolso.

Se paixão não existisse, eu a inventaria à cores...

quarta-feira, 14 de março de 2012

Sobre essas coisas do tempo...


Tenho uma dificuldade enorme em ser conquistada. Não que eu me faça de difícil ou que não queira receber flores e galanteios, acontece que aqui em mim, como quase tudo, as coisas precisam acontecer à primeira vista pra dar certo.

Não sei esperar para ouvir sinos ao longo do caminho. Quero borboletas no estômago á primeira vista. Se não for assim, prefiro continuar meu caminho sozinha.

É claro que, agindo assim, a chance de ouvir sinos burros é muito maior! Mas se eu conhecesse bem toda a estrada, pra que eu seguiria?

Não sei investir, ceder, entregar se não for desde o primeiro momento. A partir das primeiras palavras percebo até onde aquela história poderá seguir. Normalmente não erro, o erro só acontece quando percebo que acreditei demais nas borboletas que senti. Mas isso já é la pra frente...

O que importa é que não sei dizer não pra qualquer coisa que possa ser chamada de "possibilidade"! Não sei me boicotar negando coisas que senti por pensar "ainda é cedo!". Eu quero é entrega, é sentimento misturado, pra isso não existe medida temporal.

Minha medida quem dá é a respiração. Me guio pela velocidade com a qual ela decide falhar...

segunda-feira, 12 de março de 2012


É questão de sensação boa. É isso.
Sem nomes, sem definições. Pra que limitar entre símbolos e grafias o que se explica somente em ações? Aprendi que palavras as vezes atrapalham. Logo eu! Prolixa que sou!

quarta-feira, 7 de março de 2012

Sobre um passeio à sombra...



Precisando escrever sobre essas coisas de encontros e despedidas.
Porque às vezes acontecem encontros de corpos que duram anos. Outras vezes acontecem encontros de almas que precisam de segundos pra serem identificados.

Eu o identifiquei por um descuidado roçar de braços. Foi o suficiente para deixara alma passear.
Porque isso é preciso! Deixar a alma passear por aí, sem medo de que ela se perca. É só deixa-la ir que ela sabe o que faz e sabe pra onde deve voltar. Se voltar é porque a outra alma era fraca agora, se ela te obriga a ir buscá-la, é porque além de alma, é preciso de corpo, boca e pulso!

A minha tá passeando. Passeando, passeando... E eu estou só aqui, sentadinha vendo-a se afastar. Assim como a mãe observa o filho brincando sozinho ao longe, observo minha alma como uma raio de sol, enlouquecida parque á fora, correndo feito louca.

Êta coração pra gostar de se entregar!