sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Um pranto patético
Eu sou amante de cachorros. Todos os animais são lindos e merecem respeito. Mas cachorros... aaaa cachorros... cachorro pra mim é como gente. São filhos que não falam, demonstram! Quem me inseriu nessa "loucura animal" foi meu Xuxu. Ate´então eu via cachorro como um bibelô de se ter em casa. Aos poucos meu Xuxu entrou na minha cabeça dura e me mostrou que eles são muito melhores que qualquer ser humano. Que dão carinho, chamam atenção, te recebem na porta e o fazem a troco de nada. Definitivamente, eles são muito melhores que os humanos. Com isso passei a amar de uma maneira desesperada esses seres (meu TOM que ficou muito satisfeito com isso pois agroa vive nas mordomias de cachorro de rico). Pra quem não sabe, eu conegui uma labradora preta MARAVILHOSA chamada Dolores de 3 meses pra dar de presente pro meu Xuxu. Ela não Pôde ficar na casa dela, nem na minha, minha irmão a queria mas minha cunhada NÃO e por isso tive que fazer a tarefa mais difícil da minha vida: Doar minha primeira filha. Depois de muitos anúncios e muuuuitas lágrimas encontrei a pessoa certa e hoje ela vive feliz em uma casa enooorme. Depois disso tudo meu cunhado comprou MArley e Eu pra ler e eu peguei pra ler também. Cada página do livro eram várias lágrimas. Eu lembrava da minha preta, de como ela era o demônio igual ao Marley e choraaava. Ontem foi o cúmulo. Eu estava na sala de espera do consultório médico e chegou num ponto do livro (vou contar! Azar de quem não leu) que ele precisa doar o MArley. Daí ele procura nos jornais e descobre que tem milhares de cães sendo doados e que quando diz "companheiro" quer dizer "dependente emocional"; quando diz "brincalhão" ou "filhotão" quer dizer "completamente-doido-e-desesperado". Eu entendi bem porque a Dolores era assim... Daí ele diz também que corta o coração ter que doar um bom amigo e como aquele ele jamais encontraria na vida e etc. Agora imagine a cena, eu, sentada, lendo o livro, molhando as páginas todas e soluçando de tanto chorar em pleno consultório médico! Claro que todo mundo tinha certeza que eu tinha um câncer incurável. O pior foi quando a enfermeira se aproximou:
- Tá tudo bem? Você precisa de alguma coisa? De uma água?
E eu de cara vermelha e olho inchado respondo:
- Não, tá tudo bem, é só o livro BUÁÁÁÁÁÁÁÁÁ...
Percebi que ela queria rir, mas ela só disse: Então tudo bem. E saiu.
Claro que pode ser que a maioria das pessoas não entendam o tamanho nem o motivo da minha tristeza, mas quem já perdeu alguém um dia vai saber do que estou falando e vai entender o motivo de tanto choro. Quem ama cachorros também.
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