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...Então, naquele momento crucial em que você me dizia “não”, eu vi uma noite inteira de carinhos e cuidados desmanchando como água jogada na tela com tinta á óleo. Era como se não fosse você. Era um alguém desconhecido que me dizia não. Um não nunca ouvido é como uma ofensa. Eu me ofendi. E tentei a todo custo te fazer dizer sim. Eu disse “então passa por cima!” e você passou. Chorei baixinho, depois chorei cada vez mais alto e nem o pranto de maquiagem no travesseiro te amolecia. Até que eu pedi. Pedi que ficasse comigo. Um pedido sentido como um último fiapo que segurava o laço. Sem palavras, sem gestos e sem demonstrações, você ficou. Não havia um consentimento escrito. Não firmávamos um compromisso ali. Apenas sabíamos que o choro chegava ao fim...
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