sexta-feira, 2 de julho de 2010

discriminação

Quero contar uma violência que eu sofri no bar do Cabral que fica em frente a UFMG.
Estava eu, linda e loira jogando sinuca, ganhando de 4 a 0 de metade da minha turma do Teatro quando a mesa resolve engulir 2 fichas sem liberar as bolas. Fui, com toda educação do mundo pedir ao dono do bar para resolver o problema e ele me disse - NA FRENTE DE TODO MUNDO - "é assim mesmo, quando mulher joga a mesa estraga!" Respirei fundo e disse: "Moço, eu não to falando de nada disso, eu só to pedindo pra você consertar a mesa pra gente jogar" e ele disse "não tenho que consertar não, é só um homem por a mão que resolve, a mesa não funciona quando quem não sabe jogar põe a mão nela!"
Não, eu não chamei a polícia. Eu fiquei tão embasbacada com a fala do sujeito que pedi ao Lucas que resolvesse o problema. E o pior é que o velho desgraçado veio atender o pedido do Lucas! Hoje vejo que fui froxa de não ter chamado a polícia, afinal era um velho cachaceiro dono do boteco, ele não tinha nem noção da violência que tinha feito. Violência de gênero é crime e essa discriminação ficou entalada na minha garganta. Não volto mais. Não dou mais nem um centavo para um idiota que merecia uma sova da polícia.
Como o Cabral é um bar conhecido e frequentado por quase todo mundo da UFMG, fica aqui registrada minha indignação contra o filho da puta!

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